As ilusões estatísticas do socialismo brasileiro

Publicado: agosto 15, 2014 em Falácias socialistas

Não existe meio para uma nação se desenvolver através do socialismo! Então, como explicar a melhoria (suposta) na qualidade de vida através do governo do PT?! Isto é bem simples: tudo não passa de uma ilusão estatística. Isto é típico de governos socialistas. Em exemplo: Cuba usa de uma metodologia única para supor-se avançada. Eles somam a sua produção miserável, aos gatos públicos e às reservas de dinheiro vindas do exterior e que são convertidas na moeda local para inflar o PIB. Além disto, o PPP (poder de paridade e compra) não pode ser medido em uma economia fechada com cambio regulado pelo governo. Logo, o IDH cubano é uma farsa. Mas os cubanos não inventaram a maquiagem estatística; são herdeiros dos soviéticos que manipulavam dados além de impedir que estrangeiros pudessem observar sua pobreza, “higienizando” as ruas por onde passavam turistas – como faz Cuba e como fez o Brasil durante a Copa. Segundo dados cedidos pela URSS em 1990, seu IDH vos colocava na 26º colocação. Todavia, logo após sua dissolução; todos as nações que faziam parte do sistema apareciam em média 50 posições atrás; uma farsa revelada!

Como esta ilusão estatística ocorre no socialismo? De três formas: a primeira é reduzindo os padrões de cálculo. Assim haverá uma ilusão de avanço, mesmo que as pessoas continuem nas mesmas condições. Exemplo: segundo a ONU uma expectativa de vida alta se caracteriza com uma média acima de 85 anos. Entretanto na Coreia do Norte, o governo alega que o correto seria a média de 50 anos. A segunda forma é desenvolver indicadores artificiais. Para isto eles podem simplesmente criar sua própria metodologia ou distorcer os tipos de medição comumente usados. Exemplo: Segundo a OCDE a qualidade de vida está ligada a saúde, educação, renda, habitação, saneamento e felicidade pessoal. Entretanto, o governo do Irã pode alegar que a qualidade de vida está ligada a rigidez com que a população segue o Corão. A terceira forma é ignorar indicadores atenuantes. Assim eles podem usar somente um fator em sua vantagem. Exemplo: Acredita-se que a economia chinesa esteja se tornado a melhor economia do mundo em função do PIB. Todavia ignoram vários indicadores, tais como: renda per capita, pode de paridade e compra, taxa de desemprego, inflação etc.

O governo brasileiro usa destes três artifícios para alegar que houve um desenvolvimento quando a realidade é contrária: houve um retrocesso. Darei três exemplos; eliminação da pobreza, crescimento da classe média e geração de emprego:

1º A eliminação da pobreza – No Brasil a eliminação da pobreza é uma das mais terríveis farsas além de tornar o povo submisso ao poder político (voto do cabresto). Cedem pensões para pessoas que não possuem renda ou vivem através com reservas extremamente baixos, para que estejam virtualmente fora do nível estatístico que as definem como extremamente pobres. Exemplo: a família de João vive com R$ 40 per capita. O governo então paga uma Bolsa-família de R$ 31 per capita para que estejam acima dos valores que os classificam na pobreza extrema (R$ 70 per capita). Assim supõe-se que superaram a pobreza, mesmo que estejam improdutivos, vivendo de uma renda que não produziram, nas mesmas condições socioeconômicas e eternamente dependentes do governo. Entretanto, o governo alega que tomara estas medidas de forma paliativa para que as pessoas possam se alimentar. Todavia o valor médio pago por família ultrapassa a média tributada na cesta básica. E mais; o número de pessoas dependestes do Bolsa-família aumenta ano pós ano e bem acima da suposta taxa de desemprego.

2º Crescimento da classe média – Para supor que houve um crescimento da classe média, o governo reduz os valores que a classificam. E mais: este valor descreve na medida que há um encolhimento da classe média em função das medidas econômicas desastrosas tomadas pelo governo. Em 2013 a classe média era definida acima de R$ 441 per capita. Entretanto em 2014 o Governo Federal a redefinira como acima de R$ 320 per capita. Segundo estas definições 54% da população pode ser considerada classe média, o que incluir inúmeros moradores das periferias. Em exemplo: Pedro mora com a mulher 2 dois filhos adolescentes. Ele faz trabalhos temporários como servente de pedreiro a recebe um salário mínimo por mês (R$ 720). Sua mulher é lavadeira e recebe menos de um salário mínimo; cerca de R$ 564 por mês. Somando estes valores temos R$ 1284 para 4 pessoas ou seja: R$ 321 para cada, o que vos classifica como classe média.  Assim, milhões de moradores de favelas que vivem com péssimas condições de saneamento e habitação podem ser considerados classe média simplesmente por rendimento salarial baixo. Como é dito constantemente a respeito do socialismo: sua principal característica é nivelar as pessoas por baixo.

3º Taxa de desemprego – A manipulação da taxa de desemprego é outro engodo notável. Como poderia o Brasil possuir uma taxa de desemprego em 5,3% como divulgado em 2013 menor que muitos países desenvolvidos? Por exemplo: Nova Zelândia (5,6), Luxemburgo, Austrália e EUA com (6.1), Reino unido (6,4) e Canadá (7,1) ?! Nossa taxa só não é menor que da Suíça (3,1%) e Áustria (4,9%) e outros raros exemplos! Para chegar a estes números, as instituições responsáveis pelas medições excluem diversos fatores de sua metodologia. O IBGE não leva em conta as pessoas desalentadas, desocupadas, marginalmente ligadas à população economicamente ativa e os trabalhadores não remunerados. Segundo o DIEESE caso estes fatores fossem relevados a taxa de desemprego real subiria para no mínimo 11%. Todavia, o Instituto Nacional de Estatística mostra que a taxa é de 20,7% se fosse contabilizado os interessados em trabalhar que não procuram emprego. Não há de se esperar que uma economia com um crescimento pífio (0,9% em 2012 e 2,4% em 2013), no qual a indústria recua ano pós ano possa oferecer emprego a mais de 200 milhões de pessoas.

Portanto, o suposto desenvolvimento não passa de uma manipulação estatística com fundo eleitoreiro. Lembrando: classifica-se as classes sociais sem nem ao menos levar em conta a taxa de inflação causada pelo próprio governo através do Banco Central. Disfaçam o desemprego, contabilizando apenas determinados grupos. Contudo, não conseguem iluduir o povo e o mundo por completo! A falência do PIB é um fato consumado. O Brasil está na 84º posição no IDH enquanto o Chile que é seu vizinho latino está na 41º. Brasil é considerado um dos piores lugares para se investir. Está na 118º posição do Índice de Liberdade Econômica. Sua infraestrutura ocupa a 65º colocação. Mais de um terço da população vive em condições de saneamento precária e as áreas de favelização cresceram mais de 10% nos últimos anos. O Brasil ficou no penúltimo lugar no ranking de avalição da educação segundo o PISA em 2013. Dos 48 países que entraram para a avaliação da eficiência do sistema de saúde, segundo a Bloomberg, o Brasil ficou com a última colocação. O Brasil também está entre as nações mais violentas do mundo. Possuem uma das 20 maiores taxas de homicídios entre mais de 180 países. Somente em 2013 o número de homicídios no Brasil bateu recorde, chegando a 10% de todos os homicídios no planeta.

Este é o país próspero segundo alega o PT?! Está mais para uma nação empobrecida do 3º mundo!

Referências:

  • OCDE
  • PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
  • WorldBank – Global Rankigs 2014
  • PISA – Programme for International Student Assessment
  • Heritage.org
  • Global Study Homicide
  • Homicide Statistics 2012/2013
  • Bloomberg

GRANDE CIRCO2

Christiano Di Paulla

comentários
  1. jonny disse:

    Muito bom! excelente!

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