A Cidade de São Paulo sempre se orgulhou de sua posição econômica quanto ao restante do país. Com um PIB estimado em R$ 700 bilhões, a cidade produz mais de 10% de toda riqueza nacional. Agora, os paulistanos que sempre se gabaram de estarem à frente do restante do país, estão apreciando a oportunidade de se demonstrarem os mais estúpidos. Nesta campanha para prefeitura de SP havia péssimas escolhas para o primeiro turno, restando no máximo; a escolha do “menos pior”. Entretanto, ao permitirem que Boulos tenha vantagem num segundo turno, ultrapassa a insanidade.
Porque Boulos é sem dúvidas a pior opção? Por três fatores: ideológico, histórico, técnico e por suas propostas. No campo ideológico, seu tão defendido comunismo/socialismo revolucionário é responsável pelo genocídio de mais de 100 milhões de pessoas, por empobrecer boa parte da humanidade e por erguer as mais terríveis ditaduras de Lênin à Maduro. Boulos é conhecido por defender tais posturas, algo que obliterar em sua candidatura a prefeitura de SP, voltando-se a uma elite parasitária que parafraseando Nelson Rodrigues “flerta com o socialismo numa transa louca com a coca-cola”.
O histórico de Boulos é desalentador. Durante a adolescência foi um fervoroso defensor do stalinismo e das mais perversas ditaduras socialistas. O comunista já afirmou várias vezes que Venezuela e Cuba são exemplo e que não são ditaduras. Boulos responde a várias processos, sob inúmeras acusações tais como invasão de propriedade privada, desobediência a ordem judicial e incitação à violência. Tecnicamente o candidato não possui qualquer experiência com gestão, tão pouco com gestão pública. Sua formação é filosófica, nunca tendo ocupado qualquer cargo que possa habilitá-lo como gestor.
Suas representatividade como falastrão demagogo, analfabeto econômico e criminoso invasor se manifestam em sua nula experiência e capacidade como gestor como em suas propostas. Entretanto, são em suas propostas que devemos mirar nossa observação. Elas corroboram aquilo que fora dito certa vez por Friedrich Hayek, Nobel de economia em 1967: Se socialistas soubessem alguma coisa de economia, não seriam socialistas.” Suas propostas supostamente contrárias aos interesses das chamadas “elites”, enquanto supostamente direcionadas aos pobres apenas geraram o empobrecimento comum. Vamos a elas:
1º Teto de lucros – em principal para empresa de aplicativos. Caso o candidato fosse alfabetizado em economia saberia que tetos geram evasão de investimento. Empresas como Uber e Ifood deixariam de operar no Estado no mesmo instante destruindo mais de meio milhão de empregos (150 mil somente no Uber).
2º Aumento dos tributos – medida afeta toda população e não somente os mais ricos. Boulos pretende aumentar o ISS. Segundo a lei lei 116/2003 todos os prestadores de serviços devem pagá-lo, incluindo os profissionais autônomos. Um dos seus inumeráveis efeitos nocivo seria um aumento das telefonias ao pintor de imóveis. Ele também defende um aumento do tributo sobre os mais ricos. Ignora a mobilidade dos recursos dos mais ricos, que diferentemente dos mais pobres podem levar seus recursos para o exterior, gerando fuga de capitais e desinvestimentos. O governo, trabalhadores e consumidores do Uruguai e Chile agradecem.
3º Déficit da previdência. Para cobrir o déficit da previdência que esmaga o orçamento, Boulos tem uma resposta genial: aumentar o número de servidores públicos. Esta medida amplia ainda mais o gasto já exorbitante com servidores e o custo da cidade com contratações e salários, pressionado ainda mais o déficit previdenciário da população.
4º Tarifa zero para desempregados e estudantes. Como todo bom socialista, o candidato nunca ouviu a expressão proferida pelo Nobel de economia, Milton Friedman: “não existe almoço grátis”. O custo seria repassado através de tarifas maiores ou maior tributação sobre pessoas economicamente ativas com maior necessidade de transporte. Não passa-lhe sobre a cabeça gerar emprego e renda para desempregados e estudantes ou dar fim ao cartel dos ônibus. Pelo contrário; ao arruinar a economia e os aplicativos de transporte, Boulos apenas ampliará o problema de transporte de SP.
Em suma, as propostas de Boulos agradam uma elite progressista de socialites que se dizem engajadas no social e que adere a qualquer discurso mentiroso em prol das minorias. Basta-lhe dizer que será feito um programa para mulheres, negros e gays que seus votos estão garantidos. Isso está claro em suas intenções de votos, que se possuem a adesão de 17% dos mais ricos e apenas 2% dos mais pobres. Seu discurso de “nova política” não passa de um retorno a um petismo reformado (sempre defendido por ele) cujos efeitos serão tão devastadores quanto a Recessão de 2016. Infelizmente o paulistano parece não ter aprendido a lição.
Chris di Paulla