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O Manifesto do Partido Comunista (em alemão: Manifest der Kommunistischen Partei), publicado pela primeira vez em 21 de fevereiro de 1848 é sem dúvidas, um dos mais influentes tratados de economia-política de todos os tempos. Não é atoa que seus ideais se propagaram pelo mundo, resultando na Revolução Russa (1917) que desencadearia uma série de outras revoluções que a partir de então, conduziram as mais severas e cruéis ditaduras já vistas. Como exemplo podemos citar; China, Camboja, Coreia do Norte, Vietnã, Zimbábue, Angola, Etiópia, dentre inúmeras outras. E embora vários economistas tenham alertado quanto aos erros grotescos na teoria de Marx (Bohm Bawerk, Mises e Hayek), o teor utópico da ideologia comunista e a influência que seus defensores tiveram sobre as massas, foram suficientes para impor o destino inevitavelmente cruel daqueles que vivem sob o modelo de Marx.

Neste pequeno manifesto, Marx faz um resumo de suas principais teorias; a mais-valia, (refutada por Menger e Bohm Bawer), a luta de classes (refutada por Mises), expondo sua sociedade coletivista e economicamente planejada (refutada por Mises e Hayek). No entanto, Marx fez uso de um linguajar simples, muito diferente daquele tipo de escrita rebuscada, usada em O Capital (em alemão: Das Kapital). O motivo é muito claro; Marx não estava mais interessado em convencer os intelectuais a cerca de seu arcabouço de falácias históricas, políticas e econômicas, mas sim, convencer as massas e os menos intelectualizados de que uma revolução era necessária. Para tanto, um manifesto partidário internacionalista caiu como uma luva. Marx entendia que a partir deste movimento, cedo ou tarde surgiram partidos comunistas ao redor do mundo, a fins de colocar em prática, seu modelo de sociedade utópica.

O Manifesto do Partido Comunista em muito se assemelha a seus contemporâneos; “A Doutrina do Fascismo” e “Minha Luta”. Possuem um forma simples de abordagem, fazem uso uma distorção dos processos históricos, culpabilizam as perspectivas políticas e econômicas que se opõe as suas, por todas as mazelas de seu tempo e ao final, trazem uma solução definitiva, revolucionária e messiânica para seu mundo. Na primeira parte do manifesto “Burgueses e Proletários”, Marx trata da suposto confronto entre estas duas classes e da necessidade de uma mudança radical. Na segunda parte “Proletários e Comunistas”, Marx intenta convencer a respeito do interesse mutuo destes grupos, a fins de consolidar uma aliança política. No final desta parte, Marx fala da necessidade de “uma violação despótica dos direitos de propriedade” e de uma série de medidas violentas, que contudo, se diferem pelo grau de desenvolvimento do país em questão.

A seguir darei a lista das ações revolucionárias idealizadas por Marx e na mesma linha, dissertarei sobre suas consequências.

1. Expropriação da propriedade fundiária e emprego das rendas fundiárias para despesas do Estado. A expropriação da propriedade fundiária centraliza o poder agrícola nas mãos do Estado e desestimula a produção agrária privada em todos os seus níveis. Mais grave que a perda de incentivos é a escassez provocada por um sistema redistributivo, incapaz de compreender os níveis regionais de oferta e demanda sem um sistema de preços. Isso ocorrera na Rússia bolchevique, levando Lenin a Nova Política Econômica.
2. Pesado imposto progressivo. Embora o imposto progressivo seja adotado em muitos países, na ótica de Marx ele é capaz reduzir o crescimento da renda dos mais ricos e seu consumo de bens e serviços, o que consequentemente pesa sobre os mais pobres que dependem dos empregos gerados pelas rendas mais elevadas
3. Abolição do direito de herança. A herança é um fator motivacional para que as famílias construam patrimônio a fins de dar conforto as futuras gerações, além é claro, de permitir a continuação de seu legado. A abolição do direito de herança desestimula este hábito, condicionando indivíduos a dilapidar seu patrimônio enquanto vivos e as instituições financeiras erguidas por ele. Isto é; se estes indivíduo não for capaz de adquirir patrimônio em países que não se validem desta lei.                                                                                                                                4 Confiscação da propriedade de todos os emigrantes e opositores. O confisco da propriedade de todos os emigrantes e opositores, desestimula a imigração que no geral, absorve uma demanda de mão de obra que não é encontrada internamente (geralmente para trabalhos menos capacitados), além de lançar milhares de imigrantes a miséria ou ao exílio. Ainda pior é o poder agregado ao Estado pelo confisco da propriedade dos opositores, o que as autoridades o poder de se apropriar de qualquer bem através do uso da força, sendo ou não opositor.
5. Centralização do crédito nas mãos do Estado, através de um banco nacional com capital de Estado e monopólio exclusivo. Embora este seja uma prática atualmente comum em todo mundo a centralização do crédito nas mãos do Estado, através de um banco nacional com capital de Estado e monopólio exclusivo tem efeitos nocivos como demonstra a TACE (Teoria Austríaca dos Ciclos Econômicos). O crédito nas mãos do Estado dá ao governo diversos poderes negativos: a) financiar suas guerras, mesmo sem reservas fiduciárias; b) gerar inflação através da impressão de papel moeda sem lastro; c) financiar partidos, grupos e interesses de seus partidários em oposição aos interesses do povo; d) produzir crises financeiras de larga escala, através de um estímulo artificial da economia.
6. Centralização do sistema de transportes nas mãos do Estado. A centralização do sistema de transportes nas mãos do Estado é outra prática comum em todo mundo, com a diferença que não ocorre em prol dos ideais marxistas no qual impede o direito de ir e vir e precariza as estradas e o transporte. Os exemplos mais recentes estão em Cuba e Coreia do Norte onde o transporte é precário enquanto civis tem acesso a áreas muito restritas.
7. Multiplicação das fábricas nacionais, dos instrumentos de produção, arroteamento e melhoramento dos terrenos de acordo com um plano comunitário. A estatização das fábricas nacionais gera imensa burocracia, produz monopólios inquebrantáveis (diferentes dos de mercado) impedindo que seja pensada qualquer relação custo/benefício, além de sofre do “Problema de Cálculo Econômico” que impossibilita uma alocação racional gerando desperdício ou escassez. Este é sem dúvidas, um dos maiores motivos para o racionamento e para a absoluta miséria das economias planejadas, da URSS á Venezuela bolivariana.
8. Obrigatoriedade do trabalho para todos, instituição de exércitos industriais, em especial para a agricultura. A obrigatoriedade do trabalho e instituição de exércitos industriais, ignora a ociosidade voluntária, além do fato de que nem toda mão de obra pode ser empregue no mercado em determinado momento. Este feito produz trabalho escravo e precarizan as condições de trabalho. Este efeito foi visto em quase todos os sistemas socialistas da primeira a segunda metade do século XX.
9. Unificação da exploração da agricultura e da indústria, atuação com vista à eliminação gradual da diferença entre cidade e campo. A unificação da exploração da agricultura e da indústria, atuação com vista à eliminação gradual da diferença entre cidade e campo ignora discrepâncias claras em ambas as atividades econômicas. Este tipo de política utópica, termina por realocar os investimentos da indústria para o setor agrário, levando a precarização ambas as atividades como foi visto na China maoísta.
10. Educação pública e gratuita de todas as crianças (…) Unificação da educação com a produção material, etc. Este sistema dá ao Estado um poder doutrinador sobre as crianças, mesmo porque, busca uma “educação em base ao materialismo dialético” de Marx, como rogam os pedagogos comunistas seja em qual for a época. Esta sistema de ensino, destrói qualquer principio de autonomia, censura filosofias opostas e apenas visa gerar um comportamento automático e planejado. É o que vemos na atual educação da Coreia do Norte.

A partir do conhecimento praxeológico, empírico e histórico podemos presumir as implicações destas medidas eliminam todos os incentivos para a produção, geram burocracia, são ineficientes para suprir as demandas sociais, sem falar que implicam na necessidade do uso irrestrito da força, o que conduz inevitavelmente a um estado de opressão.

Christiano Di Paulla

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Da URSS à Venezuela bolivariana: a escassez e o racionamento são as certezas do modelo econômico idealizado por Marx. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Horkheimer comete erros similares ao de Gramsci e Lucáks. O primeiro erro é considerar que o pensamento lógico e as ciências empíricas sejam fruto da necessidade de dominação. Em primeiro, devemos recapitular as bases do pensamento lógico: este conceito busca apurar fatos mediante uma análise racional dependendo de análises externas que possam servir de base para o estabelecimento de determinada regra. Ele conceito é distinto em três tipos de raciocínio: dedução, indução e abdução. Dedução corresponde à determinada afirmação inicial oriunda da observação. Um exemplo clássico fora dado por Aristóteles ao afirmará: “todos os homens são mortais”. Partindo desta premissa, Aristóteles define: “logo Sócrates, como homem é mortal” chegando à indução que seria uma regra baseada na afirmação inicial. Partido destes dois pontos, chegamos à abdução a fins de defender a premissa: ou seja: “Sócrates sendo como um ser mortal, assim falecera” ou “já que falecera, Sócrates, como homem é mortal”. Ou seja, todo raciocínio lógico depende de uma referencia tangível e que possa ser defendida racionalmente.

Ao negar o pensamento lógico em nome da dialética marxista, Horkheimer ignora as evidências descritas pelo método dedutivo e investigativo em nome de uma mera objeção. No exemplo acima, fora provado que Sócrates é mortal, através de evidências aplanadas pelo pensamento racional. O principio dialético não se importa com a observação final, mas visa simplesmente contrapor ideias e até mesmo fatos através de uma contradição, ou seja: “já que não falecera, Sócrates como homem é imortal”. Por mais infantil e obviamente equivocado que este pensamento possa parecer, constitui-se à base da teoria de Horkheimer. Todavia, como isto poderia ser alegado em uma discussão intelectual? Bastaria dizer que a figura de Sócrates é mítica, inventada pela burguesia da época para criar uma figura destruída pela força dos soberanos, logo, como não existira, não morrera, embora sua figura fosse imortalizada pela história. Há neste sentido, a negação da premissa inicial, ou seja: “que os homens sejam mortais”, a negação da regra, que seria “a mortalidade de Sócrates”, e por fim, do fato: “de que como homem, Sócrates morrera”.

Ao negar o raciocínio lógico, marxistas provam seu total interesse em analisar o objeto, mas somente em contrapô-lo com uma roupagem de identidade original obliterada pela indução social do sistema capitalista. Todas estas observações estariam equivocadas, uma vez que o homem tomado pela produção industrial e cultural fora afugentado de um “real pensar”. Portanto, as teorias marxistas não se importam com a razão ou com a evidência, mas com a simples contraposição das alegações. Horkheimer também ataca o empirismo com três alegações: a primeira que a transmissão do conhecimento cientificista mecanize o homem em função de seu método, pautado na experimentação e reprodução materialista. Este conhecimento seria estático na medida em que supre as necessidades da classe dominante. Em segundo; que a divisão do trabalho na produção do conhecimento acarrete alienação, impedindo que o homem em sua produção intelectual material entenda questões políticas e econômicas gerais. Por fim, considera o método falso, visto que ignora as condições sociais vividas em função do único aprofundamento no meio de produção.

O primeiro erro de Horkheimer é associação indevida do método de produção acadêmica positivista a criticismo social. O simples fato de um engenheiro trabalhar na produção de um projeto automobilístico, não vos retira a percepção de movimentos sociais que estão mais ligados à suas opiniões subjetivas que a seus conhecimentos matemáticos.  Em exemplo, o físico não reproduz em sua vida diária, os mesmos métodos utilizados para medir o comportamento de uma partícula. Ele usará de suas concepções morais e observações racionais, empregando um método distinto, por mais similar que possa parecer. Outro equivoco faz-se da suposição de que o pensamento positivista seja estático, uma vez que a própria experimentação pode fazer emergir um novo conhecimento. Todavia, a ciência empírica que trabalha com evidências e experimentação, não se permite tamanha volatilidade ao ponto de aceitar qualquer objeção – na teoria dialética, uma mera inversão. Isto anularia todos os conhecimentos adquiridos ao longo do tempo, em função de um mero devaneio filosófico. Por fim, sem a divisão do trabalho na produção intelectual, seria impossível alcançarmos o desenvolvimento atual, visto que é impossível para qualquer cérebro, dominar todos os conceitos, como dito anteriormente.

Horkheimer parece desconhecer o processo de produção intelectual, a dimensão absurda destes conhecimentos e o tempo demasiado que é dado para aprendermos determinada função. E mais: associa a alienação da produção intelectual a uma suposta alienação de concepções políticas e econômicas. Por fim cabe citar o argumento de Horkheimer à produção de manufaturas e à cultura de massas. Para ele, a produção em massa faz copias dos mesmos bens e de fácil manuseio a fins de evitar uma compreensão profunda de sua validade, assim, abandonando-os. Todavia, a produção industrial é padronizada porque de outro modo, não haveria qualquer meio de produzir em massa. Seriam necessários inúmeros moldes para se produzir uma peça, o que aumentaria demasiadamente os gastos e os custos do objeto final. Isto prejudicaria a produção e o consumo, lesando toda a economia. Já na questão da facilidade de manuseio, há uma preocupação com a praticidade favorecendo sua utilização a fins de ampliar os lucros, somente porque os consumidores demandam de produtos práticos. Caso demandassem de bens complexos – o que não é uma tendência humana – assim seriam produzidos.

Horkheimer também comete outro erro ao alegar que as pessoas consomem os mesmos bens de forma repetida. Como bem explica Böhm-Bawerk através da Lei de Utilidade Marginal, a necessidade de um bem decresce na medida em que novas copias são adquiridas. Não é interessante para uma pessoa comprar o mesmo aparelho de televisor várias vezes e embora o faça com alimentos industrializados, por exemplo, não compra várias unidades do mesmo produto para uma alimentação diária, além do fato que alterna produtos em função de necessidades subjetivas momentâneas. O que ocorre é que pessoas diferentes adquirem produtos iguais, mas por interesses psicológicos semelhantes. Neste caso, nenhum consumo estipula uma subjetividade falsa, mas aquilo que realmente demanda, seja por qual for o motivo. Não cabe ao produtor questioná-lo, mas atender a estas necessidades. Assim como os demais marxistas Horkheimer nega que o consumidor tenha desejos autônomos e que por tais vias seja baseada a produção. O homem não tornara-se refém de suas ferramentas ou bens laborados, mas os dominara na medida em que necessita deles.

Referências:

Aplicações de Abduções: Modelagem em Nível de Conhecimento – Tim Menzies

A Dialética do Esclarecimento –  Max Horkheimer

Eclipse da Razão –  Max Horkheimer

Teoria Positiva do Capital – Eugen Von Böhm-Bawerk

eletrodoFazendo menção às palavras de Mises: “Não é porque produzem fogões que as pessoas cozinham. É porque as pessoas cozinham que produzem fogões”.

Christiano Di Paulla

Mesmo absolutamente equivocadas, as ideias de Gramsci e Lukács influenciaram inúmeros marxistas ocidentais como Karl Korsch, um filósofo alemão que possuía grande admiração pelo Socialismo Fabiano. Korsch foi professor de Felix Weil, filho do abastado industrial alemão-argentino Hermann Weil. Em 1923 Felix conseguiu convencer seu pai que financiasse o Centro de Pesquisa Social associado à Universidade de Frankfurt – que mais tarde teria seus afiliados conhecidos como Escola de Frankfurt. Embora o intuito de seu pai fosse o pluralismo de concepções e interpretações da modernidade, a intenção de seu Felix Weil era disseminar o marxismo como aprendido com seu professor. O Centro de Pesquisa Social era formado inicialmente por “cientistas sociais” marxistas que buscavam encontrar um novo viés para a teoria tradicional, buscando entender o sucesso capitalista no ocidente e como remediá-la. Seus principais teóricos foram: Max Horkheimer, Theodor W. Adorno, Herbert Marcuse, Friedrich Pollock, Erich Fromm, Otto Kirchheimer e Leo Löwenthal. Doravante, discorrerei sobre as teorias de cada um deles.

Max Horkheimer associou-se ao o Centro de Pesquisa Social durante sua criação em 1923, tornando-se seu diretor em 1931. Mais tarde, seus trabalhos acerca da Razão Instrumental tornar-se-iam juntamente com as teorias de Adorno e Marcuse, os pilares da Escola de Frankfurt. Para Horkheimer a razão instrumental seria um estado no qual os processos racionais seriam totalmente operacionalizados , opondo-se a razão crítica (baseada na dialética) que seria capaz de desestabilizar estas considerações tidas como falsas e manipuladoras. Para ele, na medida em que a razão se torna instrumental a ciência deixa de ser uma forma de acesso ao conhecimento para tornar-se um instrumento de dominação, poder e exploração, sendo sustentada pela ideologia cientificista através da educação acadêmica, meios de comunicação, produção etc. Por esta via, assim como Marx Horkheimer é um severo opositor das ciências tradicionais e laboratoriais, alegando que sejam falsas e usadas a fins de dominação de massa. A única libertação seria os métodos analíticos e práticos adotados pelos marxistas.

Horkheimer deixa claro em A Dialética do Iluminismo que as ciências tradicionais através do pensamento lógico e das ciências empíricas são os maiores inimigos do marxismo cultural, pois servem para escravizar pessoas inserindo-as em padrões fixos do mundo real. Para ele, o trabalho do especialista nos moldes da teoria tradicional, desvinculando-se das demais, o tornaria alheio à conexão global dos setores de produção (em um processo de alienação). Assim o pensamento cientificista seria caracterizado pela atuação segregada, de tal modo que o seu significado para o todo social não é relevado. Horkheimer também alega que na medida em que as ciências empíricas tornam-se mais rigorosas, a realidade social torna-se ainda mais estranha a seu praticante. Estas ciências baseada na alienação do conhecimento e no distanciamento do homem de sua realidade social total, seriam incapazes de compreender se determinado sistema politico ou econômico é valido ou não. Para ele, somente as condições históricas vividas pelos homens através de seus instrumentos de trabalho seriam capazes de construir uma ciência justa, tal como sugere Lucáks.

O principal argumento usado por Horkheimer em A Dialética do Esclarecimento é a alegação gramscista de que toda indústria cultural seria cunhada a fins de entorpecer as massas com copias infinitas copias produzidas da mesma coisa. Estas cópias produzidas em massa parecem mudar com o tempo, quando na verdade representam uma repetição das mesmas. Estes produtos seriam feitos de forma padronizadas a fins de ajudar os consumidores a compreender a compreendê-los e apreciá-los com pouca atenção dada a eles. Para o filosofo alemão há na aquisição destes bens repetidos, uma falsa individualidade, visto que o interesse dos industriais é somente o consumo repetido das mesmas coisas. Em Eclipse da Razão, escrito um ano depois, Horkheimer prossegue nos seus argumentos alegando que a ciência empírica e toda sua tecnologia dominaram o homem, tornando-o um mero escravo daquilo que estuda e produz e que “a máquina expeliu o maquinista e está correndo cegamente no espaço”. Como os demais marxistas culturais, Horkheimer funde a visão materialista no qual a subjetividade é anulada pela produção industrial (e assim cultural), de tal modo que somente a visão dialética seria capaz de trazer uma “real libertação”.

Referências:

A Origem da Teoria Crítica – Helmut Dubiel

A Dialética do Esclarecimento –  Max Horkheimer

Eclipse da Razão –  Max Horkheimer

AdornoHorkheimerHabermasbyJeremyJShapiro2Na imagem Horkheimer e Adorno, dois inimigos da lógica e do positivismo que deram continuidade ao pensamento de Gramsci e Lucáks.

Christiano Di Paulla

Argumentos contra o Nazismo como doutrina socialista

Não resta dúvidas de que o nazismo teve sua origem no pensamento socialista, buscou criar um novo viés teórico inspirado na nacionalismo, chegou a admitir influência do marxismo embora fosse seu rival, teve sua política econômica e caráter ideológico voltado para conceitos socialistas e até mesmo marxistas. Embora o partido tivesse uma ala mais conservadora que intencionava se associar ao capitalismo, a ala socialista e radical foi predominante não somente em número, mas também no que tange os rumos de suas políticas econômicas. A propriedade privada foi sobreposta pela planificação econômica e pelos supostos interesses coletivos da raça de forma similar ao que ocorria na URSS, apenas alterando conceito de classe por raça enquanto o individualismo foi sobreposto por um pensamento coletivista de auto-sacrifício. Ao notarmos estes fatos fica impossível conceber o nazismo como uma doutrina política de direita já que este lado do espectro está associado ao liberalismo e a democracia enquanto a  esquerda está associada ao socialismo, comunismo e o totalitarismo que mais se identificam com o nazismo. No mínimo o nazismo poderia ser chamado de centro ou mais propriamente de centro-esquerda.

Críticos desta posição alegam que o nazismo não consistia em um tipo real de socialismo uma vez que fora financiando por banqueiros e empresários e por permitir a atuação da iniciativa privada. Entretanto a Revolução Russa também foi financiada por banqueiros e empreendedores alemães como demonstra o historiador Antony C. Sutton. Lembrando: após o fracasso dos primeiros anos de revolução os comunistas soviéticos recuaram quanto a privação da propriedade privada, o que foi seguido em todos os demais experimentos desde então. Nem por isto a URSS, China e Coreia do Norte são consideras formas ilegítimas de socialismo. Cabe memorar que com citamos anteriormente há um equívoco quanto a distinção alemã de socialismo. Desde o revisionismo de Eduard Bernstein e Karl Kautsky no fim do século XIX, novas modalidades de socialismo se tornavam comum na Alemanha como a Socialdemocracia e o Socialismo Cristão, na admissão altamente controlada da instituição privada. O nazismo não é diferente destas novas formas de socialismo. Como então o nazismo poderia ser um tipo de “direita” enquanto outras formas de socialismo até menos radicais seriam de “esquerda”?!

Não é porque nazistas se opunham e perseguiram outros socialistas que também não eram socialistas. Naquele período os grandes partidos que se proclamavam socialistas eram rivais disputando o mesmo território. Lembrando: os soviéticos expurgaram toda outra forma de poder, incluindo qualquer modalidade de socialismo. Em busca de poder absoluto tanto o nazismo como o comunismo (ou qualquer outro governo totalitarista) perseguiriam qualquer oposição, mesmo que estivessem do mesmo lado do espectro político. Analogamente: a socialdemocracia, o socialismo cristão e o anarco-socialismo também rejeitam o comunismo, como foram perseguidos por ele. No Brasil PCdoB, PT e PSOL são rejeitados por PSTU e PCO e nem por isso algum deles é capitalista ou de “direita”. Os que alegam que o nazismo era tanto nacionalista quanto socialista focam-se na perspectiva ideológica e não na economia. Cegam-se frente a imensa intervenção do Estado na economia não pelo fato de ser um período de guerra, mas pela natureza coletivista do nazismo. Atualmente os mesmos chegam ao cúmulo da insanidade afirmando que países como Suécia, Noruega e Dinamarca sejam socialistas (embora estejam entre as nações mais capitalistas do mundo) porque possuem certas intervenções estatais. Tais intervenções econômicas nem se comparam com as intervenções nazistas.

Há aqueles que citam o nazismo uma expressão de “direita” simplesmente porque era um movimento conservador. Todavia a URSS stalinista e as atuais Cuba, Coreia do Norte são regimes extremamente conservadores. Em suma a terminologia política como temos é bastante equivocada. Mises foi um grande crítico do espectro: “A terminologia usual da linguagem política é estúpida. O que é esquerda e o que é direita? Por que Hitler é de direita e Stalin, seu amigo e contemporâneo, de esquerda? (…) Quem é antitrabalhista, aqueles que querem rebaixar o trabalho ao nível da Rússia, ou aqueles que querem para o trabalho o padrão de vida capitalista dos Estados Unidos? Quem é nacionalista, aqueles que querem colocar seu país sob os calcanhares dos Nazistas ou os que querem preservar sua independência?” Tais colocações provocaram os nazistas e Mises foi rapidamente perseguido felizmente fugindo para Genebra. Durante o período de dominação nazista seu apartamento foi invadido e seus trabalhos foram roubados. Boa parte da obra de Mises só reapareceria com a queda da URSS; que se apoderou destes bens após derrotar os nazistas no leste europeu uma vez que também possuía interesse em silenciá-lo.

A terminologia do espectro político é equivocada como tratamos noutro artigo no qual tratamos dos trabalhos científicos de  Leonard W. Ferguson, Hans Eysenck e Milton Rokeach que culminaram no diagrama de Nolan. Em suma: quem respeita a democracia, o mercado, a individualidade e quem deseja “socializar” bens e homens? O espectro político atual é repleto de contradições. Ele deveria se resumir a individualismo vs. coletivismo colocando nazifascistas e imperialistas ao lado de comunistas já que seus métodos visavam objetivos similares. Hitler deixou isto bem claro: “Não há mais licença, nenhuma esfera privada onde o indivíduo pertence a si mesmo. Isso é o socialismo, não tão trivial quanto a possibilidade de possuir privadamente os meios de produção. Tais coisas não significam nada se eu sujeitar as pessoas a uma espécie de disciplina que não podem escapar… O que precisamos ter para socializar bancos e fábricas? Nós socializamos os seres humanos.” É fato que o próprio Stalin serviu de inspiração para Hitler, até mesmo por recomendação de Goebbels. Assim que Hitler anunciou seu conflito, filiou-se a quem tinha mais afinidade. E não eram os liberais democratas ocidentais, mas a URSS através do Pacto Molotov-Ribbentrop. Isso porque haviam pontos mais comuns entre nazistas e comunistas que com liberais e não somente por uma perspectiva tática como muitos afirmam.

Antes de concluir resta a pergunta: Porque o nazismo foi classificado como direita embora fosse de natureza socialista; porque as demais vertentes socialista negam associar-se ao nazismo; e porque embora o comunismo tenha matado 14x mais que os nazistas (mais de 110 milhões) são tão menos odiados?! O fato do nazismo nunca ter se pronunciado quando a sua posição no espectro político permitiu uma livre interpretação. E como “quem ganha a guerra, conta a história” os soviéticos logo trataram de classificar o nazismo como ao lado de doutrinas ocidentais que eles visavam combater como a democracia e o liberalismo. O romantismo que permeou a URSS nos anos seguintes se encarregou de difundir esta concepção. Obviamente ninguém desejaria se associar a um regime que produziu um genocídio tão sistematizado, embora o comunismo tenha provocado o maior genocídio da história.  Para alguns o comunismo seja menos odiado em grande parte pela ignorância popular a seu respeito, basear-se num igualitarismo universal atrativo e demagogo, não ter assumido a responsabilidade por seus fracasso práticos e por terem assassinado seu próprio povo como traidores e não por mero preconceito racial.

Não seria equivocado dizer que caso o nazistas fossem os vencedores do confronto com a URSS sendo a doutrina do outro lado da cortina de ferro, hoje estaríamos estudando “a superioridade racial ariana” em universidades ao invés de outros conceitos também pseudocientíficos como mais-valia e luta de classes. Diferentemente do nazismo o Comunismo pode experimentar algo descrito pelos próprios nazistas: “Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade.” Assim disseminou-se o conceito de que a política e economia nazista era oposta à comunistas quando na verdade filhos bastardos do mesmo ideal. Talvez a única diferença seja o fato de que o comunismo é um regime tão genocida e fadado ao fracasso econômico quanto o nazismo. Sobretudo não devemos tolerar nem ou outro, senão corremos o risco de perder nossas liberdades sucumbindo há um novo Stalin ou Hitler. Como trata o Paradoxo da Tolerância de Popper: “tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância. Se estendermos tolerância ilimitada até mesmo para aqueles que são intolerantes, se não estivermos preparados para defender a sociedade tolerante contra a investida dos intolerantes, então os tolerantes serão destruídos, e a tolerância junto destes.”

Pontos comuns entre nazismo, comunismo e fascismo:

  • Origem no socialismo e no sindicalismo.
  • Ideologia monopolizadora a fins de reengenharia social.
  • Visão messiânica da política (espera de um líder ou evento salvador).
  • Totalitarismo através de um Partido único com liderança absoluta.
  • Negação do Estado de Direito
  • Negação dos direitos individuais
  • Antiliberalismo.
  • Organização social aos moldes militares.
  • Monopólio dos meios de coerção: polícia e exército.
  • Monopólio da comunicação pública.
  • Monopólio da doutrinação: sujeição da educação privada ao Estado
  • Centralização da economia; estatização, controle ou abolição da instituição privada.
  • Assistencialismo.
  • Protecionismo econômico.
  • Coletivismo político – o pilar central é uma suposta indenidade social idealista e não individual e subjetiva.
  • Trabalho escravo.
  • Contribuição compulsória.
  • Visão dualista do mundo: proletariados contra burgueses / arianos contra judeus / nação contra indivíduo.
  • Redução da diversidade cultural: massacre dos burgueses / judeus / opositores da nação.
  • Campos de confinamento e extermínio: gulags / campos de concentração / campos de prisioneiros

 

Referências:

Adolf Hitler Apud Hermann Rauschning – Hitler m´a dit, Coopération. 1939

Adolf Hitler – Mein Kempf, 1925

Albert Speer – Inside the Third Reich: Memoirs, New York: NY, Simon and Schuster. 1969

Anton Drexler  – Mein politisches Erwachen: aus dem Tagebuch eines deutschen sozialistischen Arbeiters. 1923

Gottfried Feder – Os Vinte e Cinco Pontos. 1920

Gottfield Feder – Das Manifest Zur Brechung der Zinsknechtschaft des Gelde. 1919

Günter Reimann, The Vampire Economy: Doing Business Under Fascism 2014

Götz Aly, Hitler’s Beneficiaries: Plunder, Racial War, and the Nazi Welfare State, New York: NY, Metropolitan Books, 2007

Joseph Goebbels – New York Times (1924)

Joseph Goebbels – Die Verfluchten Hakenkreuzler. 1932

Joseph Goebbels Extratos da Época de Luta.

Henry A. Turner – Hitler’s Einstellung. 1976

Ludwig Von Mises – Human Action. 1940

Ludwig Von Mises – Liberalism in the classical tradition. 1985

Murray Rothbard –  Left and Right. 1965

Richard J. Evans – The Third Reich in Power, 1933-1939, New York. 2005

Thierry e Pascal – Programa do NSDAP

The Black Book of Communism – Various authors. 1997

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Nazismo: um mal sem precedentes que assim como o comunismo jamais deverá ser tolerado.

Christiano Di Paulla

 

Nazismo, fascismo e comunismo são doutrinas com a mesma origem, cujos métodos são semelhantes e que cumprem o mesmo propósito: a destruição do livre mercado, das liberdades individuais e da democracia. Seu anseio é o estabelecimento de um regime totalitário que supostamente reformaria o homem levando-a a um estado social perfeito. Assim o Estado tomaria as régias da vida privada e do mercado parcialmente (nazifascismo) ou absolutamente (marxismo). Comunistas e nazifascistas no século XXI se digladiam sem o menor sentido, senão pelo fato de que no passado, lutavam pelo mesmo território, como bem cita Ayn Rang. Os comunistas contestam este fato, em dois argumentos tacanhos: alegam que Marx era judeu e que Stalin se opôs a Hitler. Esta consideração é de fato tacanha, pois Marx desprezava o judaísmo, além de ansiar pela destruição de todas as religiões. Tal argumento também desprezam o fato de que nazistas e comunistas foram primazes aliados, através do Pacto de Molotov-Ribbentrop. Para demonstrar a natureza antissemita de Marx e sua relação com o nazismo devemos ir de encontro ao conhecimento histórico tão obliterado pela esquerda em nosso tempo.

Primeiramente vale lembrar, que antissemitismo é uma concepção antiga e remota a antiguidade clássica. Todavia, o termo fora cunhado na modernidade pelo austríaco Wilhelm Marr a partir da publicação do livro Der Sieg der lidenthums über der Germanenthum (A Vitória do Judaísmo sobre o Germanismo) em 1879. Neste livro, Marr teoriza que judeus e alemães viviam em um conflito de longa data, com a ressalta de que os judeus foram os vencedores, graças a uma emancipação política e econômica advinda do liberalismo. Esta emancipação supostamente vos permitira governar as finanças e a indústria alemã. Para ele, esta luta somente findaria com a morte definitiva de uma das partes. Esta concepção é análoga ao sentimento compartilhado por vários intelectuais germânicos, dentre eles os tão conhecidos marxista. É exatamente este viés teórico que o antissemitismo proliferou-se entre os socialistas e anarquistas, de Fourier à Proudhon. Marx ampliou estas premissas, associado os judeus ao comércio e a instituição privada, tanto que alguns de seus seguidores, como Duhring e Lasselle usaram do antissemitismo como base para sua concepção anticapitalista.

Como Judeu, Marx renegou suas origens. Neto de rabino e filho de judeus praticantes, seu verdadeiro nome era Moses Mordechai Levi. Em três de suas obras, encontramos todo seu grau de antissemitismo: A Questão dos Judeus, A Ideologia Alemã e A Sagrada Família (título sarcástico que ironizava a juventude hegeliana). Ele deixa claro não somente seu desprezo ao judaísmo, mas também ao cristianismo e pela instituição religiosa. Em A Questão dos Judeus suas concepções são claras: “O Estado pode e deve prosseguir na abolição e na destruição da religião”. Os motivos que levaram Marx a se voltar contra o judaísmo e toda religião são óbvios: o tempo é uma instituição privada dividia entre classes. Sinagogas pertencem aos judeus, Igrejas Católicas ao Vaticano, Mesquitas ao Islã etc. Nestes templos as regras são ditadas por níveis hierárquicos, ou seja: classes. Para que o comunismo possa vigorar, toda propriedade e classes devem desaparecer. Marx compreendia estes fatos, portanto sua teoria deveria abolir a instituição privada e qualquer ordenação advinda dela a fins de estabelecer a ditadura do proletariado.

Como descendente de judeus, o antissemitismo emergiu como a base de seu pensamento. Segundo Marx: “O dinheiro é o ciumento deus de Israel, a cujo lado nenhuma outra divindade pode existir. O dinheiro rebaixa todos os deuses do Homem e transforma-os em mercadoria” (…) “O deus dos judeus foi secularizado e tornou-se o deus deste mundo. O câmbio é o deus real dos judeus. O seu deus é apenas o câmbio ilusório. A percepção que se obteve da natureza, sob o império da propriedade privada e do dinheiro, é o real desprezo, a degradação prática da natureza, que existe de fato na religião judaica, mas só na imaginação.” (…) “O que se contém de forma abstrata na religião judaica – o desprezo pela teoria, pela arte, pela história, e pelo homem como fim em si mesmo – é o ponto de vista real, consciente e a virtude do homem de dinheiro. A nacionalidade quimérica do judeu é a nacionalidade do negociante e, acima de tudo, do financeiro. Sem base ou razão. A lei do judeu não passa de caricatura”.

Marx e Hitler desprezavam os judeus e argumentavam que eles se apropriavam de todo o capital. Segundo eles, os judeus não detinham crenças, cultura ou arte e os elementos de seu mundo eram meras mercadorias. Para eles, a natureza judaica era capitalista, portanto deveriam ser extirpados para o renascimento de um novo homem igualitário e sem ambições. A economia de mercado seria apenas uma noção burguesa e inimiga da nova sociedade. Embora Hitler rejeitasse o marxismo, pois o associava de forma descabida ao judaísmo, deixou clara sua influencia: “Eu aprendi muito do marxismo, e eu não sonho esconder isso. (…) O que me interessou e me instruiu nos marxistas foram os seus métodos.” Hitler também definiu suas várias diferenças“Meu socialismo é outra coisa que o marxismo. Meu socialismo não é a luta de classes, mas a ordem”. O ditador colocava o socialismo alemão como superior ao marxismo:O nacional socialismo é aquilo que o marxismo poderia ter sido se ele fosse libertado dos entraves estúpidos e artificiais de uma pretensa ordem democrática” .

Para Hitler, o marxismo era simplório e reducionista, pois arruinava todo o avanço da humanidade, tinha como pretensão uma fraca democracia e anulava toda a individualidade. No nazismo, o individualismo seria sujeitado à nação, mas não extirpado. Sobretudo, seus métodos de doutrinação eram os mesmos: se opunham a economia de livre mercado, sem refutar seus argumentos, o que consiste em um nítido polilogismo, como bem teorizara Mises. Polilogismo refere-se a uma falácia retórica ataca o argumentador ao situa o pensamento lógico como distinto por classes e raças. Em lógica, as inter-relações humanas são baseadas em um ponto comum o que permite e argumentação e refutação. Ao invés de discorrer nestes parâmetros eles supõe um novo “segmento lógico”. Isto é tipicamente usado por socialistas na atualidade, que uma vez sem recursos, referem-se aos contra-argumento liberais como  uma lógica burguesa” tal Hitler pregava como “pensamento judeu”. Em comum haviam ainda mais pontos: Hitler e Marx criavam uma falsa dicotomia social, combatiam o individualismo, além de opressores da religião. Suas origens, métodos e intentos são os mesmos.

Referências:

Moshe Zimmermann –  Wilhelm Marr: O Patriarca de Anti-semitismo

Wilhelm Marr – Der Weg zum Siege des Germanenthums über das Judenthum

Karl Marx – Sobre a Questão Judaica Adolph Hitler e  Hermann Rauschning – Hitler m´a dit, Coopération

Ludwig Von Mises – Omnipotent Government: The Rise of Total State and Total War

Karl Marx-horz Marx pregava a luta de classe enquanto Hitler, a luta entre raças. Marx pregou o comunismo como posterior à transição do capitalismo para o socialismo. Hitler contentava-se apenas com a primeira etapa. Christiano Di Paulla